Como morto,
quedou-se na areia
um tronco de árvore
que já teve folhas verdes e cobre.
Hoje protege-o a areia, do frio da maresia.
É um tronco velho, que sem respirar ainda embeleza o mundo.
As árvores não morrem... renascem em silêncio.
Quem me chama
Para me acordar deste torpor?
Porque é só para mim que o dia
É irmão gémeo da noite?
Encontro-me só
No meio da multidão
E preencho os meus dias
Com os vazios da minha alma .
Tento sorrir
Tento sonhar,
Tento ser gente…
E não consigo.
As árvores e as aves
Contam coisas a meu respeito
E choram…
Sou pedra fria
Sou água salobra,
Sou sombra ,
Sou ar rarefeito...
E sento-me a pensar…
Penso na indiferença ,
Na raiva,
No destino,
E tento ser
Um ser sereno
Não me rejo por dogmas,
Aceito os axiomas,
Sou atento aos lemas
E estudo os teoremas.
Respeito as convicções plenas!
...Sou atento aos pormenores,
[pequenos grandes detalhes,
que nos moldam a vida, como entalhes]!
Gosto do mundo às cores.
Uso repelente para as dores
e para os falsos pudores.
Gosto das velhas ruas
e das misteriosas vielas
com paredes nuas
enfeitadas com luzes amarelas.
Gosto da andorinha divertida
porque nunca perde o norte.
Gosto da vida
e aceito a morte!
Cortem-me as amarras
Que como garras
Se vão cravando no peito:
As amarras da senilidade
E da loucura,
Que se vão impondo sem respeito
Pela minha vontade.
Cortem-me as amarras, sim
E se não as cortarem, então cortem-me a mim!
Hoje é o Dia do Motociclista, cuja cidade eleita para as comemorações foi o Montijo.
Hoje também é o meu dia.
Neste dia comemora-se a amizade, o espírito de entreajuda, o companheirismo...
Reencontram-se amigos e, sobretudo, relembram-se os companheiros já falecidos.
Aos felizmente vivos, deixo-lhes um abraço e cautela... no regresso.
Aos que já partiram, ergo o capacete ao alto em sua memória.
Boas curvas!
TU AÍ!
Sim, tu, resto de gente peçonhenta!
Tu que nasceste sem coração;
Tu que vieste ao mundo com alma impregnada de enxofre;
Tu que és restos;
Tu que és gente putrefacta...!
SABES O QUE É PRECISO PARA SE SER UM GRANDE HOMEM? NÃO SABES????
NEM EU!!!
Mas não é certamente a infligir dor e morte a um bebé de cinco meses! PERCEBESTE?
Dormita agora, bebé feito anjo e que as nuvens te sirvam de colchão, pois a coberta da paz já alcançaste...
O Sol esconde-se por onde passo.
Até o vento me olha de esguelha.
E eu já nem sei o que faço
Nesta viela imunda e velha
As pessoas já não se olham
E caminham em ruas paralelas.
Todas elas já me ignoram
E eu também não consigo vê-las.
Ah! Quem me rasga o casulo,
Quem me solta desta prisão?
Quando é que consigo num pulo,
Voar para outra dimensão?
Prendo ilusões na palma da mão,
Nascem-me flores por entre os dedos
Quero libertar a minha existência
De indiferenças, ansiedades e medos.
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