(Foto de João Falcato (ferrus) - Em Palmela)
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Dedicado às minhas filhotas
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Ao outro lado do fado,
Minha semente,
Te encaminho:
Neste caminho
De dor ausente;
Para o outro lado…
Neste nesga de força
Que descubro e invento
Te encaminho:
Neste caminho
Longe do lamento…
Até que a morte impeça!
Na imagem de calmaria,
Meu doce amor,
Te encaminho:
Neste caminho
De noite feita dia,
De frio feito calor…
E se outro melhor
Não vier,
Não me acamo,
Nem acalmo!
Ao outro lado do fado
Te apoio e sossego;
Meu paraíso, minha ilha:
Meu amor, minha filha…
Eu queria escrever sem sombras no olhar.
Eu queria clarear a noite escura com o doce da tua voz.
Eu queria dissipar o nevoeiro da intranquilidade com a leveza dos teus gestos.
Talvez se possam adormecer as flores com carícias nas pálpebras e cantigas de embalar, ou simplesmente ouvir-te contar histórias de encantar com o balanceio do teu corpo de girassol.
Eu queria aninhar-me no teu colo de algodão doce.
Eu queria olhar para os teus olhos de amoras silvestres.
Eu queria pedir-te que me fizesses planar nas asas da Primavera.
Talvez um dia, quem sabe, eu possa repousar no teu voar de menina gaivota.
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