(Foto retirada da net)
“Monção: Julgamento da mãe de Sara
Dois pontapés violentos mataram bebé de Monção”
Uma menina, como tantas outras, nasceu.
Uma menina sofreu por mau tratos maternos.
Uma menina morreu, livrando-se dos infernos.
Agora repousas no céu, menina Sara,
Onde a tua alma magoada e ferida sara
Dos maus tratos e penas a que te sujeitaram…
Daqueles que te deviam amar e se esqueceram.
Não, menina dor, tu nasceste como devias
E amor era a única coisa que decerto pedias
E não tiveste
E por isso mesmo, menina dor,
Tu viveste(?)
Sem amor.
Agora, em nuvens brancas e mansas
de paz, menina sofrida, tu descansas
Da maldade humana,
De uma mente insana
Que te deu os extremos:
A vida e a morte.
Gosto de te ver contra o sol
Ver doirar os teus contornos
Como se fosses feita de luz.
Gosto de ver o teu alegre sorriso
Quando encontras o meu olhar
No seio da imensidão das gentes.
Gosto de sentir as tuas palavras
Entrarem em cascata no meu peito
Ao falares em castelos encantados
E contos de finais sempre felizes.
Gosto de ver a tua singela forma
Desenhada em tela de lençóis
E pintada com os sons da entrega.
Gosto do toque de cetim da tua pele
Quando me acaricias entre beijos
E murmúrios de desejo e paixão...
Sim…Gosto porque gosto!...
(Foto de João Falcato - S. Miguel, Açores)
Hoje…
Hoje seria um dia igual a qualquer outro, se não fosse um dia especial.
Não porque tenha mais horas que os outros dias, ou que o sol fosse mais radiante, ou que as flores tivessem cores mais garridas, ou…
Hoje seria um dia igual a qualquer outro, com os mesmos dilemas dos outros dias, as mesmas ânsias, as mesmas iras, ou os mesmos perdões, ou...
Seria um dia igual aos demais, bem ao jeito dos dias; com luz, calor ou frio, chuva, trovoada, (…), e demais substantivos a ele inerente.
Hoje é dia
Que num tempo passado
Te vi solta ao vento.
Hoje é dia de sorrisos,
De comemoração,
De dádiva…
Um dia que nos enche a alma
E o mundo.
Se não fosse o nosso dia de amor, amor, seria um dia igual aos outros dias.
(foto retirada da net)
(Foto retirada da net)
És, urbana cidade,
Fértil em ruas cheias
De parca caridade
E vives paredes meias
Com a insanidade...
Tuas estranhas gentes
São peões autómatos
De alheias vontades,
Loucos, pirómanos
E demais aberrações...
Ruas sujas e imundas
Com cheiro a bolor,
De sujas pessoas
Com fétido odor
A almas impuras (?).
O teu ventre materno,
Igual a outros tantos
De amor fraterno,
Esqueceu-se dos santos
E pariu o inferno!
Urbana cidade…
Porque és contraste?
Porque te furtaram os tons alegres?
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